ZFM deve divulgar mais e melhor seus benefícios ao País para buscar reverter críticas, diz novo superintendente
Além de fortalecer os setores já estabelecidos, novo superintendente da Suframa defende o estímulo aos demais vetores de interesse local, entre eles a bioeconomia, o turismo e a piscicultura
Divulgar, de forma extensiva, os benefícios do modelo Zona Franca de Manaus para o desenvolvimento regional tão eficaz para o País e fazer prospecções de novos negócios, são alguns dos projetos de trabalho do novo superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Algacir Polsin.
General do Exército, Polsin foi nomeado em junho passado para o cargo e considera que divulgação, de forma regular e efetiva, dos benefícios trazidos pelo modelo não só para o Estado, mas também para a região e o País, é uma necessidade primordial, pois esse desconhecimento responde, por exemplo, pelas críticas ao modelo ZFM vindas de outros polos econômicos do País.
A queda do volume de empregos gerados pelo Polo Industrial de Manaus (PIM) no Estado, que já foi mais de 79 mil e agora não chega nem pela metade, contribui também, na visão de alguns especialistas, para o distanciamento da população a respeito da defesa do polo.
Mesmo assim, o novo superintendente aposta na necessidade de “externar os benefícios deste modelo de desenvolvimento regional tão eficaz para o País”. Para aprimorar essa tarefa, pretende investir na identificação de novos negócios, na promoção comercial e na busca pela implementação de novos projetos nos diversos vetores econômicos por toda a área de atuação do modelo.
Alinhamento de ações
Ao citar existirem ações em prática para promoção e capacitação da sociedade, o fomento à educação ocasionado a partir de recursos oriundos do Polo Industrial de Manaus, Polsin considera o papel integrador, facilitador e de criação de sinergias da Suframa e, por isso, a aproximação com as diversas forças vivas da nossa sociedade a fim de promover reuniões temáticas para alinhamento de ações e atuação em conjunto para o bem de todos.
De acordo com o superintendente, há diversas iniciativas sendo postas em prática desde o início da nova gestão da Suframa para atingir objetivos claros, todos alinhados à proposta original da Zona Franca de Manaus, de promover o desenvolvimento regional e contribuir para a redução das desigualdades.
Uma das estratégias para contribuir com o desenvolvimento regional vai na direção do fortalecimento dos setores já estabelecidos e o estímulo aos demais vetores econômicos de interesse local, entre os quais a bioeconomia, o turismo, a piscicultura, dentre tantos outros. “Dessa forma, poderemos colaborar para a geração de mais empregos, bem como buscar irradiar a riqueza gerada em Manaus para outras regiões da Amazônia”, completou.
Para tentar mudar a opinião dos críticos aos benefícios fiscais concedidos às empresas do PIM, o superintendente acredita e aposta na eficácia de mostrar com clareza o que se convém chamar de extrafiscalidade do modelo Zona Franca de Manaus, aquilo que ocorre a partir das atividades aqui existentes por meio do diferencial competitivo proporcionado pelo governo federal. “Temos como exemplo a preservação florestal, uma vez que a atividade econômica que aqui ocorre evita ações predatórias do homem para subsistir”, acrescentou.
Ao destacar que o modelo Zona Franca gera empregos diretamente, indiretamente e de forma induzida, não somente na região, mas em todo o País, Polsin acredita que com a união de todos é possível não só desenvolver, mas também defender ainda mais a Amazônia e a Zona Franca de Manaus.