Desmatamento tem queda de 45% em novembro
O número de focos de calor também teve redução comparado a 2019. De acordo com o Inpe, no bioma Amazônia, a queda foi de 44%
Os avisos de desmatamento na Amazônia Legal tiveram redução de 45% em novembro. Esse é o terceiro mês de queda comparado ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O número de focos de calor também teve redução comparado a novembro de 2019. De acordo com o Inpe, no bioma Amazônia, a queda foi de 44%. O valor fica bem abaixo da média histórica para o mês. No pantanal, a queda foi de 40%. E o Cerrado teve redução de 9%, também abaixo da média esperada para o mês.
Esse resultado tem a contribuição de uma equipe de analistas de 11 órgãos governamentais reunidos no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão do Ministério da Defesa. O objetivo do Grupo de Integração para Proteção da Amazônia (Gipam) é integrar dados que visam a otimizar as ações das equipes de campo durante a Operação Verde Brasil 2.
A partir do Censipam, os especialistas fazem a fusão e verificação de informações disponíveis nos bancos de dados de agências de proteção ambiental e órgãos policiais. O Gipam elabora relatórios que mostram detalhes sobre onde ocorre o desmatamento e o garimpo ilegal. A partir dos relatórios, o comando da Operação Verde Brasil e os órgãos ambientais fazem o planejamento das ações das Forças Armadas e equipes de fiscalização.
Em sete meses de operação, foram elaborados 33 relatórios semanais, que apontam as áreas prioritárias para atuação das equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros órgãos participantes da operação.
A metodologia dos analistas sediados no Censipam aplica, por exemplo, o cruzamento de alertas de desmatamento com os registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o banco de dados dos estados. Com isso, é possível verificar se as áreas tiveram autorização para o desmate.
Com informações do Ministério da Defesa