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Indígenas venezuelanos em Belém são aprovados em processo seletivo da UFPA

O processo seletivo foi específico para refugiados de origem com visto humanitário ou imigrantes, pessoas em asilo, apátridas e vítimas de tráfico de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Com direito a comemoração, com o tradicional ovo na cabeça e corte de cabelo, seis indígenas venezuelanos festejaram o resultado do Processo Seletivo Especial 2020-6 Migre da Universidade Federal do Pará (UFPA). O resultado foi divulgado na manhã desta segunda-feira (21/12), e anunciado no espaço de acolhimento no bairro do Tapanã, pela equipe do Núcleo de Atendimento ao Migrante e Refugiado da Fundação Papa João XXIII (Funpapa).

Acolhido no espaço há oito meses, Roisdael Calderon, 37, foi aprovado no curso de Pedagogia. Ele estava só alegria. “Me sinto muito orgulhoso e feliz em passar na prova. Como indígena Venezuelano não descanso em continuar buscando uma saída melhor para ajudar os irmãos Warao e para continuar o trabalho no Brasil”, declarou.

De acordo com a coordenadora do espaço, Isabely Sabtos, a parceria tem sido fundamental para o sucesso das conquistas alcançadas. “O resultado das aprovações de hoje é fruto de um trabalho em conjunto com as Aldeias Infantis SOS e outros parceiros. Assim que soubemos do edital, apresentamos os cursos disponíveis e os critérios de inscrição. Fizemos a inscrição de sete acolhidos, depois ficamos acompanhando todas as etapas e hoje recebemos essa grande notícia, com as seis aprovações”, comemorou.

O processo seletivo foi específico para refugiados de origem com visto humanitário ou imigrantes, pessoas em asilo, apátridas e vítimas de tráfico de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Foram ofertadas 84 vagas para 10 municípios do estado do Pará. Entre os cursos estão: Pedagogia, Farmácia, Letras e Física.

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