DESTAQUEECONOMIA

Caloi abre as portas para mostrar sua capacidade produtiva e verticalização da produção aos manauaras e turistas

Visita às fábricas do PIM é uma estratégia adotada pela Suframa para interagir com a população manauara, para que ela se envolva na defesa do modelo, além de estimular o turismo industrial

Durante dois dias desta semana, a Caloi, pioneira na fabricação de bicicletas na Zona Franca de Manaus (ZFM) – o grupo se instalou na capital amazonense em 1975 – abriu as portas da fábrica instalada no Distrito Industrial, zona Sul da capital amazonense, para receber empresários, agentes e gestores públicos de turismo, formadores de opinião e professores da Universidade do Estado do Amazonas.

A visita, coordenada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), faz parte de uma estratégia de interação com a população manauara, para compartilhar informações sobre os processos produtivos das empresas e, principalmente, os efeitos socioeconômicos do modelo na vida do cidadão que vive, tanto na capital, onde são gerados mais de meio milhão de empregos diretos e indiretos, quanto nos municípios do interior.

Denominado Zona Franca de Portas Abertas, o projeto tem também o propósito de impulsionar o turismo, como afirma o superintendente da Suframa, Algacir Polsin. O gestor, que recebeu o grupo de visitantes na sede da autarquia, de onde partiram os convidados desta quarta-feira (30/03) para visita às instalações da Caloi, se mostrou confiante de que, quanto mais pessoas conhecerem a ZFM, mais defensores o modelo vai arregimentar em sua defesa.

“É uma oportunidade de explorar um pouco mais o universo das fábricas do Polo Industrial, de conhecer o ambiente de produção, e também de mostrar o impacto social e econômico que essas empresas incentivadas têm no desenvolvimento regional”, destacou.

Algacir Polsin considera importante também que o trade turístico participe do projeto, em especial as empresas que operam o receptivo local, para que possam criar pacotes turísticos que incluam no roteiro a visita às empresas do PIM. Para isso, ele disse que conta com a parceria da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Fundação Municipal de Cultura e Turismo (ManausCult) e da Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV-AM).

O projeto Zona Franca de Portas Abertas conta até o momento com a adesão de 11 empresas. Além da Caloi, a primeira a ser visitada, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Coca-Cola, Honda, Midea, Ocrim – Trigolar, Positivo, Samsung, Sídia, Supporte e Yamaha.

Pioneirismo e verticalização

Na chega à fábrica, localizada Avenida Abiurana, Distrito Industrial I, o grupo foi recepcionado pelo diretor da Caloi, Atila Valadares, e por André Nogueira, manauara, funcionário de carreira que está na empresa há mais de uma década.  Coube aos dois contar a história da empresa, que é brasileira de nascimento, fundada por uma família italiana que migrou para o país, em 1898, em São Paulo.

Há mais de 120 anos no Brasil, a história da Caloi se confunde com a história da bicicleta no País. Inicialmente, a empresa importava bicicletas do mercado europeu e, devido à dificuldade de importar peças na época da Segunda Guerra Mundial, deu início à produção nacional, em São Paulo.

Em 1975 inaugurou sua fábrica no Polo Industrial de Manaus (PIM). Atualmente a marca é parte do grupo holandês PON Bikes, que além da Caloi também é detentor de outras marcas globais, como: Cannondale, GT, Schwinn e Fabric, que são distribuídos no Brasil.

De acordo com dados dos Indicadores das Indústrias elaborado pela Suframa, a produção de bicicletas no PIM foi superior a 800 mil unidades, com faturamento de US$ 215,622 milhões (R$ 1,161 bilhão). Quase metade dessa tem a marca Caloi, fabricadas pelos seus quase 400 trabalhadores.

Fotos: Andreza Jorge

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