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Dia do Empreendedorismo Feminino 19/11: Brasil tem 10 milhões de empreendedoras

Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, o Dia do Empreendedorismo Feminino é celebrado em 19 de novembro. O surgimento da data foi uma iniciativa da ONU Mulheres, que reuniu mais de 150 países, empresas e instituições em busca de apoio e contra a desigualdade salarial no ambiente corporativo.

Segundo o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), este ano, aproximadamente 10 milhões de mulheres empreendem no Brasil. A pesquisa apontou que a maioria delas começou um negócio por necessidade.  O estudo mostrou ainda que as mulheres empreendedoras são 34% no País.

Outro estudo publicado em 2022 revela que o perfil das mulheres donas de negócios é majoritariamente composto por negras, mães e da classe C. Os dados são da sétima edição da pesquisa “Mulheres empreendedoras e seus negócios” de 2022, realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), com apoio da Rede Mulher Empreendedora e Meta, e execução do Instituto Locomotiva.

Exemplos de empreendedorismo feminino

Executiva larga a carreira para cuidar dos pais idosos e cria empresa para os 60+

A partir de uma experiência pessoal de dificuldade de conciliar seu trabalho como executiva e cuidar dos pais que estavam envelhecendo, Márcia Sena, que atuava como executiva, deixou a carreira e criou a Senior Concierge, empresa especializada nas necessidades e desafios da terceira idade.

Apesar da melhora no padrão de vida, as pessoas do gênero feminino passaram a enfrentar desafios a partir das novas dinâmicas sociais, uma dessas dificuldades afeta as chamadas mulheres da “Geração Sanduíche”, que acabam sendo “mães” de duas gerações distintas.

“A analogia refere-se às pessoas que recebem a pressão de um lado para cuidar dos filhos e do outro para cuidar dos pais idosos. O problema afeta principalmente mulheres, já que mesmo com os avanços, elas ainda cumprem mais esse papel social de cuidadoras do que os homens”, diz Márcia Sena, especialista longevidade ativa e fundadora e CEO da Senior Concierge.

Recentemente, Márcia criou também o Instituto de Ensino Senior Concierge, que possui um curso completo para a formação de cuidadores de idosos. Por meio da instituição a empresária criou também o projeto “Elas no Centro” que oferece bolsas de estudo exclusivamente para mulheres em situação de vulnerabilidade, que sofreram violência doméstica. O projeto reúne participantes dos Centros de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCMs).

Fundadora de Startups cria dispositivo internacional que digitaliza a forma de sentir cheiro

Cláudia Galvão, fundadora e CEO da startup de scent tech Noar, responsável pela criação da tecnologia de “cheiro digital”. Antes de finalizar essa tecnologia, Cláudia superou obstáculos.

Ela conta que chegou a buscar investidores fora do Brasil para a startup e, em um desses lugares, descobriu que uma das alegações para que o projeto do cheiro digital não tivesse sido selecionado para receber investimentos, era que uma empresa liderada por uma CEO mulher “não passava muita confiança”.

“Esse acontecimento foi bastante chocante, mas eu consegui superar com o meu trabalho para mostrar que, sim, era possível”, afirma. Depois disso, a Noar recebeu investimentos de uma empresa brasileira do setor de embalagens de vidro, a Wheaton.

A tecnologia permite aos consumidores conhecer as fragrâncias a partir de tablets que emitem um jato seco, eliminando a necessidade de testadores e outras formas de amostragem no ponto de venda, por exemplo.

Um estudo científico publicado na revista International Forum of Allergy & Rhinology, conduzido pelo PhD Dr. Marcio Nakanishi, Coordenador do Centro de Pesquisa em Olfato, do departamento de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário da Universidade de Brasília (HuB-UnB-EBSERH), provou que o tablet digital de cheiros Multiscent20 é efetivo também para a medicina por realizar o armazenamento, a entrega e o registro dos dados para exames de olfato.

Empresária que superou desafios na área de Tecnologia, escreve livros para incentivar a participação feminina no mercado de TI

Silvia Bellio é fundadora da itl.tech, além de ser a única mulher a compor o conselho das empresas parceiras da Dell no país.

É autora de dois livros sobre tecnologia: “Simplificando TI” e “Impressões Digitais”. Em 2020, se dedicou a outro projeto especial depois de perceber que estava cercada por mulheres com grandes lições de superação. Disso, surgiu seu terceiro livro, o “Mulheres Além do Óbvio”. Em 2021, lançou “TI de Salto”, que reúne histórias de 21 mulheres de destaque no mercado da TI.

O volume II do livro TI de Salto foi lançado este ano. “São muitas as narrativas inspiradoras de mulheres na área da Tecnologia. São pessoas que enfrentaram os mais diversos desafios, descobriram o próprio propósito e lutaram para chegar nos lugares onde estão”, conta Sylvia.

Da passarela para as rodadas de investimentos

Jennifer Chen é uma empreendedora, começou a trabalhar aos 13 anos como modelo da Ford Models. Formou-se em administração na Lynn University (USA) e estagiou na loja Sak’s Fifth Avenue. 

Atualmente é conhecida no mercado por realizar conexões entre empresas e investidores. 

“Na maioria das vezes, sou a única mulher na mesa de reunião”, comenta Jennifer.

Seu tino para os negócios a colocou na sociedade de empresas do ramo. É CEO e fundadora da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos no exterior. Sócia da Wanaka Capital, empresa de soluções financeiras sob medida, credenciada ao Safra. Se tornou sócia e conselheira da Unidroid, empresa de soluções robóticas inovadoras. Além de atuar como sócia e conselheira da Gaya Food, especializada em alimentação saudável e inclusiva.