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Vestibular: cursos de Medicina exigem preparação específica

Entra ano e passa ano, e os cursos de Medicina permanecem como os mais concorridos nos vestibulares no Brasil. Um dos mais tradicionais, da USP (Universidade de São Paulo), cujo exame é realizado pela Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), neste ano, liderou o ranking de concorrência para os cursos de graduação da instituição de ensino público paulista tanto no número total de candidatos inscritos (15.224) quanto na relação de candidatos por vaga (124,8). 

Em outras universidades públicas brasileiras, esta relação de candidatos por vaga é ainda maior: na Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), é de 312,7, ao passo que na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) é de 278,9, na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) é de 227,54 e na Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) é de 212,2 candidatos por vaga.

Os motivos que fazem com que tantos estudantes queiram ingressar no curso de Medicina são variados, mas um deles pode ser o alto salário que a profissão oferece. A Fenam (Federação Nacional dos Médicos), neste ano de 2022 emitiu um comunicado recomendando salário de R$ 17.742,78 para uma jornada de 20 horas semanais. Além do valor do piso, a entidade sugere que o valor mínimo de uma consulta seja R$ 217,89. 

Sendo assim, com vestibulares tão difíceis, é natural que a preparação para estes exames tenha suas particularidades. Para Thiago Carvalho, diretor da MetaMED, plataforma digital que oferece conteúdo de estudo voltado para a realização de provas de vestibular e Enem, “ter uma preparação focada para o vestibular do curso específico que o estudante vai realizar faz toda a diferença”. 

Ele pontua que “a maioria dos candidatos estuda apenas o conteúdo teórico de forma genérica”, enquanto os alunos que são aprovados em Medicina “fazem as provas anteriores da instituição para entender como a banca gosta de cobrar”. 

Além disso, “praticam redações semanalmente, contam com um apoio personalizado”, bem como têm uma rotina constante e imersiva de estudos, “com ciclos de revisão, principalmente em cima dos assuntos que mais caem”. Outros aspectos a serem levados em conta durante o estudo são a investigação sobre “como a banca do vestibular que ele vai prestar gostar de abordar as questões” e o treino do tempo de prova. 

Na avaliação de Carvalho, “qualquer estudante com uma boa disciplina e interesse pode ser aprovado em medicina, tanto alunos que estão saindo do ensino médio agora quanto alunos que já saíram a muito tempo”.

Com a crescente digitalização da vida social, que inclui as maneiras como um estudante desenvolve sua vida escolar e acadêmica, técnicas e ferramentas estabelecidas em plataformas on-line são cada vez mais utilizadas. Prova disso é o fato de que a modalidade ensino a distância (EaD) cresceu 474% entre 2011 e 2021, enquanto o número de ingressantes em cursos presenciais diminuiu 23,4%, de acordo com o Censo da Educação Superior de 2021, divulgado no início de novembro pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e pelo MEC (Ministério da Educação).

“As plataformas digitais oferecem flexibilidade em relação a horários e atendimento personalizado que não é possível em um curso presencial, principalmente para alunos que trabalham, têm filhos ou moram em regiões mais afastadas”, diz Carvalho, ressaltando que as aulas podem ser assistidas “em qualquer horário e quantas vezes o aluno precisar” e há um suporte constante de professores para a solução de dúvidas.