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Diplomatas canadenses visitam o Amazonas para estreitar relação e estudar futuras parcerias

Comitiva da Embaixada do Canadá no Brasil conheceu projetos e programa do governo estadual nas áreas de meio ambiente, direitos indígenas e cidadania

Uma comitiva da Embaixada do Canadá no Brasil, capitaneada pelo o ministro-conselheiro, Simon Cridland e a segunda secretária, Tarryn Elliot, está em visita ao Amazonas, com o propósito de estreitar as relações com o país e estudar as possibilidades de parcerias nas áreas de meio ambiente, direitos indígenas e cidadania.

Segundo Cridland, o interesse da comitiva é aprender mais sobre as políticas públicas e os programas que estão sendo desenvolvidos pelo Estado, bem como o espaço para colaboração entre o Canadá e o Amazonas.

“Para nós é importante sair de Brasília, conhecer as realidades nos estados e procurar trabalhar juntos. Temos algumas prioridades relevantes, que são direitos indígenas, direitos humanos de forma geral, igualdade de gênero e racial, além da agenda de meio ambiente. Também estamos muito interessados em fortalecer a democracia e lutar contra a desinformação. Então estamos aqui para aprender e compartilhar”, pontuou o ministro, durante o encontro.

A comitiva já se reuniu com representantes das secretarias estaduais do Meio Ambiente (Sema), Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc), do Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam) e da Fundação Estadual do Índio (FEI). Cada um expôs suas prioridades de atuação e, ainda, os desafios e oportunidades de parcerias.

A Sema ressaltou o trabalho realizado na gestão das Unidades de Conservação Estaduais, de forma participativa com as comunidades tradicionais. Apresentou, ainda, o Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) Guardiões da Floresta e, também, o Plano Estadual de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas no Amazonas (PPCDQ-AM), que norteará as ações contra ilícitos ambientais de 2023 a 2025.

O Ipaam, por sua vez, ressaltou todo o trabalho realizado para o controle e monitoramento ambiental do Estado, em especial, os avanços na aplicação de tecnologias para identificação remota de ilícitos. Como principal desafio, a instituição ressaltou a dificuldade logística para acesso às áreas afetadas e a regularização ambiental. Entre as oportunidades, o Instituto destacou a necessidade de descentralizar as ações de combate do Estado.

 Os representantes da FEI ressaltaram a execução do Programa Amazonas Indígena, que irá trabalhar com foco especial na sustentabilidade e segurança dos territórios indígenas no Amazonas, para garantir a geração de renda local e evitar invasões. A Saúde Indígena também foi pautada como prioridade da Fundação para esta gestão.

 Por fim, a Sejusc apresentou suas principais linhas de atuação, voltadas à agenda de cidadania, crianças e adolescentes, direitos das mulheres, direitos humanos de forma geral e da pessoa com deficiência. Como meta prioritária, a secretária destacou a criação de uma sede unificada para a pasta, que possui espaços descentralizados pela capital.

 “Foi um momento muito importante para que as instituições do Estado pudessem dar um panorama a respeito das ações, programas e projetos que estão em andamento. O Amazonas tem diversas peculiaridades, potencializadas pelo tamanho territorial superior a muitos países, então é de extrema relevância estreitarmos essas relações, para que a gente possa firmar parcerias e ampliar o alcance das políticas públicas do Estado”, completa a secretária executiva da Sema, Raquel Said.

Fotos: Jamile Alves/Sema

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