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Wilson Lima anuncia reajuste para servidores da Educação e coloca piso salarial de professores entre os maiores do país

Além de reajuste de 8%, o governo do Estado anunciou a concessão de promoções e aumento do auxílio-transporte. O impacto na folha de pagamento será na ordem de R$ 2,128 bilhões por ano

O governador Wilson Lima anunciou, nesta quinta-feira (01/06), concessão de reajuste de 8% da data-base dos 33.168 trabalhadores da rede estadual de educação do Amazonas. O anuncio chega após 16 dias de greve da categoria.  Agora, o piso salarial pago aos professores da rede estadual chegará a R$ 5.129,16.

 O valor será pago no final de junho e retroativo a março, mês da data base da categoria. Com isso, o estado passa a figurar como o nono do Brasil que melhor paga os profissionais de educação, mantendo-se acima do média salarial do país.

“A gente não pode prejudicar alunos depois de um processo duro que a gente teve de pandemia e que eles tiveram que ficar fora da sala de aula, de crianças que vão para a escola em busca da primeira refeição do dia, de pais que trabalham e confiam na escola de tempo integral para que eles possam deixar a criança e ter tranquilidade para ir ao trabalho. Não é justo que isso continue acontecendo no estado do Amazonas e esse tipo de coisa eu não vou permitir”, afirmou o governador Wilson Lima.

O anúncio do reajuste para a categoria foi feito em entrevista coletiva à imprensa na sede do Ggoverno do Amazonas, na presença de secretários de estados, como a titular da pasta da Educação, Kuka Chaves; o chefe da Casa Civil, Flávio Antony; o secretário de governo, Sérgio Litaiff; o secretário de Fazenda, Alex Del Giglio; o procurador-geral do Estado, Giordano Bruno da Costa e o controlador-geral, Jeibson Justiniano.

O governo do Estado também vai aumentar em 18,42% o valor do auxílio-transporte dos servidores da educação, saindo de R$ 167,20 para R$ 198.  O impacto na folha de pagamento, com o reajuste da data-base, será na ordem de R$ 2,128 bilhões/ano.

Além disso, serão encaminhados de imediato, para a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), dois Projetos de Lei (PLs) para concessão de Regime Complementar para secretários escolares e coordenadores distritais. Serão concedidas, ainda, 2.225 progressões verticais para professores e pedagogos da rede estadual de ensino.

 A partir do reajuste da data-base anunciado por Wilson Lima, o piso salarial pago aos professores da rede estadual do Amazonas chegará a R$ 5.129,16, valor 16,03% acima do piso salarial nacional, tornando a remuneração da rede estadual a 9º maior entre os demais estados e o Distrito Federal.

 Com a efetivação do reajuste da data-base, o Governo do Amazonas reafirma o interesse em construir soluções para garantir o cumprimento de direitos dos trabalhadores e a valorização da categoria, em especial dos cerca de 60% dos profissionais que seguem em sala de aula e que não aderiram à paralisação, considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

Evolução do piso salarial

Com o reajuste da data-base, o piso salarial dos professores de jornada de 40 horas sairá de R$ 4.749,22 para R$ 5.129,16. O valor pago no Amazonas, que atualmente já é superior ao piso nacional (R$ 4.420,55), vai ficar 16,03% maior que o piso pago no país. Somente em retroativos, os servidores irão receber em junho R$ 1.519,76.

Para o professor em início de carreira, que atualmente recebe R$ 5.416,42 somados salário e auxílios alimentação e transporte, o reajuste anunciado por Wilson Lima vai elevar a remuneração, incluindo os auxílios, para R$ 5.827,16.

Contratações de PSS

Para reduzir os prejuízos aos estudantes, provocados pela paralisação, o governador anunciou também a contratação imediata de professores selecionados por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS) e que estão em cadastro de reserva da Secretaria de Estado da Educação e Desporto Escolar. Os profissionais atuarão nas escolas que estão sem aulas.

Além disso, a previsão é lançar, até a próxima segunda-feira (05/06), um novo PSS emergencial para contratação de mais profissionais.

Fotos: Diego Peres e Alex Pazuello / Secom

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