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Espetáculo narra trajetória de quatro amigos entre a juventude e a vida adulta

As vidas de quatro amigos que fazem escolhas bem diferentes são o plano de fundo para “Ópera Urbe 2 – Política Cínica”, com dramaturgia e música original de Carlos Zimbher e direção de Rogério Tarifa. O espetáculo estreia dia 19 de novembro na Praça Roosevelt. Confira o serviço completo abaixo.

O elenco traz os atores André Cézar Mendes, Eduardo Mossri, Darília Ferreira, Karen Menatti e Tricka Carvalho e Patricia Gifford, que estão em cena ao lado dos músicos Daniel Doctors, Felipe Chacon, Jackie Cunha, Juma Passa, Matheus Caitano e Zimbher.

A peça narra a trajetória desses amigos entre a juventude e a vida adulta. Eles deixam a casa dos pais por conta de diferenças ideológicas. As irmãs Mari, que está em processo de se assumir como mulher trans, e Cathe, que sonha em jogar futebol profissionalmente, são oprimidas pelo próprio pai. E Cathe, que ganha muito dinheiro trabalhando como prostituta de luxo, banca a fuga de casa e os estudos das duas. O estudante de sociologia Juan, filho de um militar linha dura, conhece Cathe e Mari em um campo de futebol de várzea. Ele apresenta as duas para Mafo, que é ativista de movimentos sociais e filha de um juiz conservador.

Ao longo dos anos, Mari vai se tornar a primeira professora transvestigênere numa faculdade de filosofia, e sua irmã Cathe vira juíza. Juan, que um dia sonhou em desmilitarizar a polícia para se contrapor seu pai, acaba não conseguindo seu intento. 

Já Mafo torna-se fotógrafa profissional e, em 2013, ao trabalhar na cobertura de uma manifestação, é atingida por uma bala de borracha e acaba ficando cega de um dos olhos. Por ironia do destino, quem a acertou foi seu amigo Juan e a juíza responsável por julgar a agressão é Cathe.

O público acompanha a evolução dessa amizade e a transformação de cada personagem ao longo do tempo, passando por acontecimentos históricos brasileiros como a Ditadura Militar, o movimento Diretas Já e a convulsão social polifônica de 2013, chegando até os dias atuais. Quem conduz a plateia e os personagens por essa jornada temporal é a figura de um personagem místico chamado Sátiro Cilena, que atua como um narrador.

Os sonhos pessoais e desejos profissionais de cada um são friccionados na trama e aí se dão os conflitos, os encontros amorosos e políticos que os unem e separam. E toda a encenação se divide como tempos de uma partida de futebol, na qual o Prólogo é a Concentração, o Primeiro Ato, o Primeiro Tempo, o Segundo Ato, o Segundo Tempo, o Terceiro Ato, a Prorrogação e o Epílogo, a disputa de Pênaltis. 

A saga tem como proposta discutir questões sociais contemporâneas, como o racismo, a violência policial, o estado de direito, corpos que são alvos, os privilégios políticos e culturais de uns em detrimento aos direitos negados a outros e as relações políticas e sociais.

 

Sinopse

Quatro jovens renegados e um narrador atravessam fatos históricos como a Ditadura Militar, as Diretas e Junho de 2013. Direção de Rogério Tarifa e dramaturgia de Carlos Zimbher.

O espetáculo Ópera Urbe – Política Cínica e as outras ações do coletivo como shows, rodas de conversas e cineclube estão ocupando a Praça Roosevelt de novembro a dezembro. Ações que fazem parte do projeto Rumor da Rua, contemplado pela 39ª edição do Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.

Serviço

Ópera Urbe 2 – Política Cínica

Duração: 1h30

Classificação indicativa: a partir de 12 anos

 

Praça Roosevelt 

19, 20 e 28 de novembro, às 18h. 

04, 06 e 07 de dezembro, às 18h.

11, 12, 13 e 15 de dezembro, às 18h.

Endereço: Praça Franklin Roosevelt, s/n – Bela Vista

Ingressos: Grátis