ECONOMIA

Propósito e jogo de cintura: conheça 4 startups que se destacaram e são tendências para 2021

Trocar a academia por atividades ao ar livre, trabalhar de casa e se arriscar mais na cozinha. Essas foram apenas algumas das mudanças que aconteceram na vida das pessoas em 2020. Vendo essas alterações de comportamento de perto, quatro startups foram surpreendidas com uma procura repentina, precisaram aumentar seus times, conseguiram um crescimento fora da curva e conquistaram até mesmo novos investidores. De segmentos completamente diferentes, passando do esporte a moradia, confira abaixo a história de quatro cases de sucesso que se destacam como tendências para 2021: 

Semexe

Indo na contramão da queda das vendas aguardada no início da pandemia, o marketplace de produtos de ciclismo foi surpreendido pela grande procura por bicicletas e itens para prática esportiva em casa. Com isso, registrou crescimento de mais de 600% em suas vendas em 2020, segundo Gabriel Novais, fundador da empresa. Um dos destaques também fica por conta da aposta em itens de segunda mão: a startup conta com mais de 5.000 itens seminovos em seu site, categoria que representou a venda de mais de R$7 milhões somente no ano passado. A empresa ainda conquistou o olhar de investidores: em um cenário em que 73,8% das startups nunca receberam nenhum tipo de investimento, segundo dados da Associação Brasileira de Startups, a Semexe recebeu um aporte institucional inédito no País por meio da OutField Capital. 

Eats for You

Marketplace de refeições, a startup conecta famílias que gostam de cozinhar e precisam de uma renda extra às pessoas que desejam se alimentar bem, com uma comida com gostinho de casa de vó. Sucesso em 2019, a empresa se deparou, em março de 2020, com uma queda de mais de 80% nas vendas, e precisou se reinventar de forma rápida. “O baque trouxe a prova de que o propósito genuíno é um ativo decisivo: tínhamos o dever moral de gerar renda formal para nossa base de donas e donos de casa. Então, reinventamos o negócio e chegamos a crescer 3 dígitos durante o ápice da crise”, conta o fundador Nelson Andreatta. 

Housi

Plataforma de locação de imóveis sob demanda, a Housi focou, em 2020, seus esforços em contratos de moradia de longa duração e registrou um aumento de 167% durante a pandemia, em comparação com o trimestre anterior, impulsionando o faturamento da empresa em 193% no mesmo período. O volume de buscas no site da empresa ascendeu em 214% e a marca inovou ao lançar o primeiro serviço de moradia por assinatura do mundo: com a novidade, a plataforma possibilita que os usuários façam locações residenciais por meio de um plano de assinatura com pagamento mensal pelo cartão de crédito. Até o início de 2020, a startup atuava somente na capital paulista e, atualmente, está em um grande processo de expansão. 

 Awari

Focada no ensino à distância, a startup sentiu um impacto positivo desde o início da crise sanitária global. O Gerente de Conteúdo da empresa, Pedro Lucca Passarelli, avalia que a pandemia mudou a dinâmica de educação no Brasil, uma vez que a população quebrou barreiras e passou a se interessar sobre este outro formato de ensino. Além disso, o perfil de público também mudou: antes o foco estava nos alunos de graduação e profissionais em nível júnior e, agora, profissionais em nível sênior em busca de recolocação ou mudança de carreira são os que mais têm buscado os serviços. Consequência disso, a Awari aumentou seu quadro de funcionários internos em 700% e apresentou um crescimento de 600% no faturamento desde maio de 2020. 

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