EDUCAÇÃO

Professor Antônio Gadelha lança livro “Os Paralelepípedos da Floriano Peixoto”

Uma narrativa das transformações sociais e político-administrativas de Manaus, desde a década dos anos de 1950 aos dias atuais, está reunida na obra “Os Paralelepípedos da Floriano Peixoto”, do professor e economista amazonense Antônio Germano da Costa Gadelha. O livro, lançado, neste mês de março, traz uma abordagem peculiar dos movimentos que transformaram a Paris dos Trópicos em um centro geoeconômico com a presença marcante do Polo Industrial de Manaus (PIM). O autor faz um verdadeiro passeio pelos cenários sociais, econômicos, ambientais e pela mais recente crise da pandemia da Covid-19 no Estado do Amazonas.

Os olhares na sua obra têm como ponto de partida as experiências e vivências na Rua Floriano Peixoto, com a esquina da Rua Quintino Bocaiúva, no Centro de Manaus, onde morou da infância até a fase adulta. O local, nas décadas de 1950 a 1970, foi palco de muitos acontecimentos políticos e de movimentos sociais que marcaram a vida dos manauaras. Os relatos descritos nas mais de 130 páginas recebem ainda influência das análises de escritores e personalidades amazonenses, como Samuel Benchimol, Etelvina Garcia, Abrahim Baze, Paulo Figueiredo, e o do ex-senador Jefferson Peres, que construíram importantes relatos e visões sobre o desenvolvimento da Amazônia, em especial do Amazonas

O Prefácio é assinado por Carmem Novoa Silva, pesquisadora, poeta e escritora imortal da Academia Amazonense de Letras (A.L.L.) e da Academia Marial de Aparecida (AMA), em São Paulo. Gadelha, que foi estudante do tradicional Colégio D. Pedro II, em frente à Praça da Polícia, também resenha traços marcantes do Clube da Madrugada, movimento que revolucionou a cultura amazonense na década dos anos de 1950 na literatura, na música e nas artes plásticas.

“Eu tinha o máximo interesse nos movimentos que mudaram a vida da nossa sociedade; eu fazia muita leitura para embasar minhas escritas, e nessa obra eu vejo que Manaus deve ser olhada sob todos os aspectos e cenários. Todo esse conteúdo eu registrei para não se perder, mas para resgatar o que tenho dentro de mim e influenciar as gerações”, descreve o autor, que escreveu boa parte da obra na Biblioteca Mário Ypiranga Monteiro, no Centro Cultural Povos da Amazônia.

Antônio Gadelha é formado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e atua há mais de 30 anos na carreira acadêmica, com passagens pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (Ciesa) e no Centro Universitário do Norte (Uninorte). Atualmente ele vem ingressando na linha editorial com o lançamento dessa primeira obra.

Projetos – Os Paralelepípedos da Floriano Peixoto é o primeiro projeto editorial do autor que pretende dar continuidade ampliando os relatos dessa primeira versão. Segundo Antônio Gadelha, a segunda obra terá embasamento em sua Dissertação de Mestrado, defendida em 2004, na Ufam, sobre a energia elétrica na cidade de Manaus.

Em uma forma de Spoiler, ele adianta que relatos sobre a construção de estádio Vivaldo Lima, o jogo do amistoso da seleção brasileira, em 1970, ainda no Tartarugão (antigo Vivaldão); e a visita do Papa João Paulo II, na década dos anos de 1980, vão fazer parte do segundo trabalho que, desta vez, estará disponível para a comercialização.

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