Após repercussão negativa de sua última entrevista, Amazonino Mendes falta sabatina na TV A Crítica
Nas redes sociais, muitos internautas repercutiram sua última entrevista na TV e destacaram que ele não tem mais condições físicas de governar
O candidato ao governo do Amazonas, Amazonino Mendes (Cidadania), de 82 anos, que vem chamando atenção pelo seu estado debilitado, faltou entrevista ao vivo na quarta-feira (14/9), no Jornal A Crítica Notícia, da TV A Crítica.
De acordo com os apresentadores do telejornal, Dante Graça e Naiandra Amorim, a justificativa da assessoria do candidato foi de que ele teve um “conflito de agenda” e teve que faltar a sabatina que esclareceria suas propostas aos eleitores.
“A assessoria de Amazonino Mendes nos informou que por conflito de agenda o candidato não vai poder participar nesta quarta-feira aqui conosco”, explicou Naiandra.
A última entrevista de Amazonino à uma emissora de televisão, foi a Rede Amazônica. Na oportunidade, o candidato não conseguiu disfarçar a dificuldade, provocando manifestações negativas por parte dos internautas, que opinaram sobre “ele não tem mais condições de governar”.
“Essa entrevista só mostra que o Amazonino não tem mais capacidade de governar, desde de que começou ta dando respostas vagas com conversa de ‘velho’, não consegue evoluir as respostas e é até muito cansativo de assitir #JAM1”, disse uma internauta.
“O Amazonino não consegue nem falar. Não consegue explicar o plano de governo. Votar nele, hoje, é regressão. Melhor o Amazonino aposentar da política, ir descansar e dar espaço para outras pessoas”, opinou outro internauta.
O comando de campanha de Amazonino tem tentado filtrar as informações para não deixar que o estado de saúde dele interfira na decisão dos eleitores na hora do voto.
Respostas evasivas
Durante a entrevista, aos jornalistas Lane Gusmão e Fábio Melo que estavam mediando o quadro “Entrevista com os Candidatos“, o político foi questionado sobre o caso Consladel, envolvendo contrato com os “corujinhas” usados na fiscalização de trânsito de Manaus durante a administração dele na prefeitura da capital em 2012, e se limitou a afirma que “não tem nada a ver”.
Também foi questionado sobre uma casa no valor de R$ 1, em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro constante da declaração dele apresentada a Justiça eleitoral, e, mais uma vez, se limitou a dizer que “não interessa” e que “a casa é humildíssima”.
“Um real? Eu acho que foi um equívoco”, responde Amazonino em tom de surpresa e complementa: “Eu tenho uma casa, realmente, humilde, muito humilde, em Arraial do Cabo. Deve ter alguma razão básica para que meu contador tenha feito essa declaração de R$ 1, porque eu mesmo não faria. Até porque, como eu mesmo seria tão idiota de declarar isso? Nem um sapato custa R$ 1. Então, há um equívoco que eu vou me apressar em rever imediatamente “, disse.
Em seguida, ao citar o ano de 2012, no qual a gestão municipal de Amazonino foi marcada pelo “escândalo da Consladel” (empresa responsável pela implantação de radares), a jornalista Lane Gusmão é interrompida ao relembrar o bloqueio de bens de secretários da Prefeitura e, inclusive, do próprio Amazonino Mendes.
“A Justiça chegou a solicitar o bloqueio de bens de secretários da prefeitura e, inclusive, os seus”, diz Lane que, imediatamente, é atravessada por Mendes que retruca: “Meu, não“, salienta o candidato incomodado com a fala da apresentadora que pede licença para concluir a pergunta de como evitaria um novo escândalo durante o próprio governo, caso eleito.
“Eu não tenho nada a ver com isso. Eu não sei nem o que é isso, para te confessar honestamente. Isso é um assunto que o secretário da época, evidentemente, deve ter suas alegações. Eu, pessoalmente, ao que tive conhecimento, até então, com relação a isso, nada de grave, que eu saiba, pelo menos “, responde Amazonino salientando “não ter nada a ver com a ação de terceiros”.
“Mas o senhor era prefeito, na época“, diz Lane Gusmão, que é rebatida pelo candidato ao Governo do Amazonas com um simples “Sim, e daí?“. Mesmo negando ter conhecimento e tentando desviar das respostas voltadas ao tema, há denúncias apresentadas pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) na qual afirmam que a Prefeitura, por meio do IMMU, e a empresa Consladel teriam desviado cerca de R$ 40 milhões dos cofres públicos.