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Alunos de escola pública do Amazonas utilizam computadores e programação na prática da Língua Inglesa

Mais de 100 alunos do Centro Educacional de Tempo Integral Gilberto Mestrinho, na zona Sul de Manaus, aprendem o idioma utilizando jogos educacionais

No Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Gilberto Mestrinho, na zona sul de Manaus, o projeto “Criação de jogos educacionais como ferramenta no ensino bilíngue de inglês”, desenvolvido por meio de jogos educacionais, foi realizado com estudantes da 2ª série, do Ensino Médio, da unidade de ensino. A ideia da professora Débora Bragança, que ministra a disciplina de Língua Inglesa, movimentou mais de 100 alunos a programarem os jogos na sala de informática, da escola.

A atividade, que ocorreu durante todo o primeiro semestre deste ano letivo, surgiu após a professora observar a necessidade de buscar ferramentas que possibilitassem a revisão do conteúdo ministrado nas aulas, de Língua Inglesa, de forma diferenciada.

A professora viu na tecnologia um caminho para realizar as revisões e os alunos passaram a programar os jogos no laboratório de informática do Ceti Gilberto Mestrinho.

“O meu objetivo era, além de revisar os conteúdos, transformar o aluno no protagonista das ações. Durante a produção dos jogos, eu estava ali apenas como mediadora, mas eram eles que pensavam em tudo, nas perguntas, no design. Eles ficavam ansiosos para irmos ao laboratório”, contou Débora.

Dividido em dois módulos, o projeto promoveu a participação também das turmas de 6º e 7º ano do Ensino Fundamental da unidade, que foram convidadas a realizar os testes dos jogos desenvolvidos.

Desenvolvido no PowerPoint, os jogos deste 1º módulo trazem o tema “Greeting And Introducing Yourself”, com sentenças de apresentação e cumprimentos em inglês. O jogo funciona com questionários, em que os alunos avançam de fase em cada acerto e repetem o jogo em cada erro.

“De início, não sabíamos como produzir os jogos, mas a professora nos ajudou bastante. Depois, pegamos nossa experiência e preparamos os jogos para os alunos mais novos, do Ensino Fundamental. Ensinando, aprendemos mais”, compartilhou Adria Caroline, 16, aluna do 2º ano, do Ensino Médio.

Ainda não finalizados, os jogos também vão ser testados pelo 8º e 9º ano quando estiverem em sua versão final.  

Segundo módulo

Previsto para iniciar nas próximas semanas, o 2º módulo do projeto terá a ferramenta do Excel como a plataforma para o desenvolvimento dos jogos. Neste, os jogos terão mais variações, com temáticas envolvendo animais, cores e etc.

“Até o momento, percebi que eles têm ambientação com o telefone, mas muitos não tem costume de usar computadores. Isso foi uma surpresa pra mim. Então, o projeto também tem ajudado os alunos pensando no longo prazo, porque no mercado de trabalho eles precisarão saber usar essas ferramentas”, salienta a professora.

Práticas recorrentes

As atividades pedagógicas exitosas fora de sala de aula são frequentes no Ceti Gilberto Mestrinho. Além dos jogos desenvolvidos, a unidade também possui uma parceria com o Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos (Icbeu-Manaus), em que os alunos de 1º ao 3º ano do Ensino Médio estão produzindo filmes de curta-metragem em inglês, para a prática do idioma.

“A importância da união entre ensino e tecnologia vai muito além do aprendizado em si do aluno. Ela engloba processos que antes o aluno da rede pública não tinha acesso. Hoje, isso já é uma realidade em nossas escolas. Proporcionar isso ao estudante é o que nos motiva a cada dia”, destacou a gestora da unidade de ensino, Larissa Tamys.

Fotos: Arquivo Pessoal – Débora Bragança

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